Pesquisas conseguiram demonstrar que o treinamento resistido é muito mais seguro quando comparado com esforços aeróbicos. Sabemos que o diabetes é uma doença que acomete milhares de pessoas no Brasil e no mundo, sendo que anualmente o número de portadores de diabetes aumenta assustadoramente. Tanto o diabético tipo I, quanto o diabético tipo II podem se beneficiar com o Pilates. Abaixo citaremos exemplos utilizando bases fisiológicas sobre os benefícios do Pilates no processo de reabilitação física, onde o indivíduo diabético muitas vezes desencadeia esta patologia (tipo II, por exemplo) devido a equação: sedentarismo + prefisposição genética.
O sedentarismo ou síndrome de falta de movimento (hipocinesia) é um fator que potencializará a causa de óbito de aproximadamente 2,5 milhões de pessoas (americanos) em 10 anos, com muitas mortes associadas ao diabetes e obesidade, e no Brasil existe a mesma tendência de aumento de ocorrências.
O indivíduo sedentário expõe seu aparelho locomotor a uma condição de limitação funcional crescente, onde as articulações msão mais instáveis, a massa óssea e muscular se apresentam reduzidas, ocorrendo a perda da flexibilidade, da força muscular e o aumento do percentual de gordura.
Qualquer que seja a atividade praticada, solicitamos a ativação do nosso aparelho locomotor, o que exige muito desta estrutura debilitada. Porém, muitas vezes, quando um paciente procura um profissional da área da saúde, o mesmo incentiva a pessoa a praticar principalmente a tão famosa caminhada, sem considerar seus efeitos adversos.
Cada ciclo de passada gera um estresse nas articulações, fazendo com que a instabilidade seja constante. Então para que aumentemos a estabilidade, precisamos trabalhar os estabilizadores dinâmicos, que são os músculos, e uma forma de conseguirmos isso com segurançã é a pratica do Pilates.
Com o sedentarismo, a massa óssea reduz drasticamente, e exercícios com sobrecarga tensional (tração e compressão) favorecem muito o crescimento e manutenção desta. Em todos os exercícios de Pilates, estes estímulos são gerados.
Certamente, o fortalecimento do centro de força do corpo humano (power house) sempre teve sua importância, e o método Pilates sempre deu ênfase em todos os exercícios que são executados.
A grande maioria dos diabéticos tpo II são hipertensos, pois a vascularização é comprometida devido a hiperglicemia que deteriora os vasos, bem como a ingestão aumentada de gorduras, facilitando o acúmulo de placas nas paredes dos vasos, além do consumo excessivo de proteínas, que também contribui muito na degradação destes, os tornando mais lassos, com perda significativa de elasticidade, aumentando a pressão arterial sistólica.
Com isso, as atividades predominantemente aeróbicas acabam sendo mais estressande para o sistema cardiovascular. É normal que em um exercício aeróbico como uma caminhada ou corrida a pressão arterial aumente por causa da demanda imposta pela atividade. Porém, se o indivíduo é hipertenso, as primeiras sessões de treinamento acabam se tornando mais estressantes, aumentando o risco de acidentes vasculares inclusive durante o treino. Várias pesquisas conseguiram demonstrar que o treinamento resistido é muito mais seguro quando comparado com esforçoes aeróbicos, como por exemplo, a relação duplo produto e estresse cardíaco.
Além de favorecer o aumento da massa óssea e a diminuição do estessa cardíaco durante o exercício, outro fator muito importante para os diabéticos e hipertensos é o efeito sobre o mecanismo da bomba muscular. O treinamento resistido (e isso inclui o Pilates) é a melhor forma de conseguirmos aumentar a força muscular.
Finalizando, outro grande benefício do Pilates é a diminuição da glicemia. Para que haja qualquer tipo de movimento é necessário que ocorra a contração muscular. Com isso entre vários reações bioquímicas, está a liberação de cálcio. O mesmo cálcio que estimula a contração muscular, também estimula a translocação de GLUT 4 para a membrana celular muscular, facilitando a entrada de glicose na célula sem a necessidade de insulina. Dessa o Pilates na reabilitação do diabético se mostra uma prática segura e eficiente.
